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domingo, 6 de dezembro de 2009

A desilusão é a visita da verdade.
(Chico Xavier)


sexta-feira, 4 de dezembro de 2009





VOCÊ JÁ PAROU PARA PENSAR

(FIS)

Você já parou para pensar que daqui a alguns segundos, alguns minutos, algumas horas, ou dias, ou semanas, ou meses, ou ainda anos eu não estarei mais aqui e você não estará mais aí?
Você já pensou que nem por pensamentos você sequer achará um traço meu que lhe faça sorrir, sonhar, pensar, viajar, até mesmo chorar? Você apenas tentará recordar com todas as forças de seu pensamento e com todo esforço do seu coração de mim, dos momentos que vivemos, das palavras que foram ditas e às vezes nem foram pensadas, das ações realizadas tão sofridas, tão árduas...
Você já parou para pensar que a sensação da ausência causará um dano irreparável? Que o toque prescindirá o beijo? Que o cheiro será procurado em cada cheiro e não será encontrado?
Você já parou mesmo para pensar?
Você já parou para pensar que o hálito da junção dos nossos lábios não será sentido jamais? Que o calor dos nossos corpos não existirá?
Você já parou para pensar sobre as carícias? Não?
E o olhar lânguido sobre o meu olhar? Você não terá mais isso...
Sei, você não deve ter parado para pensar sobre muitas coisas entre nós dois.
Você já parou para pensar no eco da chamada sem resposta? Da mensagem sem resposta? Da busca sem nunca encontrar?
Não, você ainda não pensou em nada...
Você jamais será capaz de imaginar a necessidade do sentir e não encontrar nunca mais, nunca mais mesmo...
Você já parou para pensar que não mais alcançará o sonho tão demorado a chegar em sua vida e que você deixou passar?
Não... Você não faz à mínima, você nunca sentiu essa dor.
Você não faz idéia que daqui a alguns anos, o tempo que você acredita ser suficiente, será tarde para nós dois...
Eu não estarei aqui, sua busca será desnecessária, não mais me encontrará...
Você não pensa o suficiente para imaginar o quanto será doloroso esse viver, eu longe e você distante e nós dois separados pelo medo...
Tantas coisas você terá que passar e quanta dor eu terei que levar por essa vida afora, talvez privando prazeres, resignada, introspecta, culpando alguém de não ter sido feliz ao seu lado...
É meu amor, não será fácil, nada será fácil, não sonhamos juntos, sonhamos separados...
Pois o sonho que se sonha junto realidade é.
Pare e pense, faça e não se arrependa, escolha e caminhe, não volte atrás, do contrário você não terá mais vida, você não viverá, apenas seguirá uma estrada sem vida, sem ânimo, sem amor, a única coisa que você levará é a gratidão por alguns, mas você, você nada terá em seu coração, ele será vazio...
Pense, pois você não faz idéia do que estar por vir...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009



Pois vê só quão pouca consideração tens por mim: estás querendo tocar-me, como instrumento, conhecer os meus registros, do mais alto ao mais baixo. Há muita música boa; aqui dentro, e mesmo assim não sabes como tirá-la deste pequeno órgão. Estás pensando, por Deus, que eu seja mais fácil de ser manuseado que um pífaro? Podes dedilhar-me á vontade, não tirarás nota alguma de mim! - Hamlet, lll ato, cena 2.

William Shakespeare



quinta-feira, 12 de novembro de 2009


JURIDICANDO


(FIS)


Inconstitucionalmente eu te amo,
E tu consomes toda minha mente,
E só por teu nome eu chamo,
Embora eu chame ilicitamente.

Desconstituo-me por impossibilidade jurídica,
Mas sempre decretas minha volta,
E eu mesmo sabendo tua política,
Volto para essa envolta.

Quase sempre e sempre sem querer,
Impetro uma previsão legal,
Mesmo sabendo que se aproxima do fim,
Esse teu mandato excepcional.

Sei que o direito à liberdade de exercício é certo,
Ainda que não estejas regulamentado,
Mas o teu salvo conduto é incerto,
Por isso meu sigilo fica resguardado.

Me pedes infinitamente ampla defesa,
Para esse sermão tão repetitório,
E novamente eu fico presa,
E tampouco ouves o meu contraditório.

Logo, eu juridicamente expondo,
A prisão preventiva do meu coração,
Tu contraditoriamente supondo,
Não me dizes que sim nem que não.

(DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS)

quarta-feira, 4 de novembro de 2009


Diante de um obstáculo que é impossível de superar, obstinação é estupidez.

Simone de Beauvoir

O Homem e A Mulher


O homem é a mais elevada das criaturas;
A mulher é o mais sublime dos ideais.
O homem é o cérebro;
A mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz;
O coração, o AMOR.
A luz fecunda, o amor ressuscita.
O homem é forte pela razão;
A mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence, as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos;
A mulher, de todos os martírios.
O heroísmo enobrece, o martírio sublima.
O homem é um código;
A mulher é um evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
O homem é um templo; a mulher é o sacrário.
Ante o templo nos descobrimos;
Ante o sacrário nos ajoelhamos.
O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar é ter , no crânio, uma larva;
Sonhar é ter , na fronte, uma auréola.
O homem é um oceano; a mulher é um lago.
O oceano tem a pérola que adorna;
O lago, a poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa;
A mulher é o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço;
Cantar é conquistar a alma.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra;
A mulher, onde começa o céu.

Victor Hugo

segunda-feira, 2 de novembro de 2009


O ÓBVIO

(FIS)

A noite que enfim veio o ósculo,
E que se fez o valioso vinculo,
Não demos conta do exício,
E só reverienciamos o grande ímpeto.

Os corpos se adstringiram,
Lutei quase sem relutar,
Numa loucura eles não conseguiram,
Foste então brisa a me completar.

E me tornei incrédula,
Com o coração sédulo,
E a palavra crédula,
Me pareceu édulo.

O ato involuntário,
Me afastou do mundo,
O amor abreviário,
Se mostrou tão fecundo.

E o momento insólito,
Senti ser tão árduo,
Até meu orgão otólito,
Me pareceu supérfluo.


Por fim a extravagância,
Deixou o meu mundo alvacento,
Com tua discrepância,
Não houve meu intento.


(DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS)

domingo, 1 de novembro de 2009


COMO?


(FIS)

Como não amar o homem que eu mais amo?
Como não querer o homem que eu mais quero?
Como não chorar a falta que ele me faz?
Como vou morrer se por ele espero?

Como não lutar e relutar nessa dor?
Como posso eu viver nessa elegia de amor?
Como não fitá-lo com tanto ardor?
Como não amá-lo e depois não sentir temor?

Como não sonhá-lo nos sonhos mais lindos?
Como não querer tê-lo ao meu lado?
Como beijá-lo e não sentir o sabor?
Mesmo que seja esse sabor de pecado...

Como vou dormir sem ele comigo?
Como viver essa discórdia sem fim?
Como não buscá-lo em noites de frio?
Como posso querê-lo longe de mim?


(DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS)

sexta-feira, 23 de outubro de 2009


ROTINA


(FIS)

Não senti-lo sobre meu corpo,
Não ouvi-lo falar mentiras de amor,
Não presenciar o seu gozo,
Nem sequer me entrelaçar com a dor.

Não encostar meus lábios aos seus,
Minhas carnes às suas,
Não entregar meu coração a sua alma,
Não mais fazer loucuras com você NUA.

Não tocá-lo nas mãos,
Não acariciá-lo no rosto,
Não beijá-lo na face,
Não amá-lo com gosto.

Não dar mais carinho,
Nem ter mais por quem sentir afeto,
Não sonhar em ter um ninho,
Não mais tê-lo como predileto.

Não ser sua nem de ninguém,
Sair na rua e ainda buscá-lo,
Que desventura esse viver,
Só por talvez ainda amá-lo...


(direitos autorais reservados)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009


INTROSPECÇÃO

(FIS)


Tudo o que forma a minha matéria
Às vezes me faz um ser obscuro,
Sem explicações e cheia de incertezas,
Cheia de dores...
E essas dores não mais alcançam minh'alma,
Vejo as flores e não sinto seu perfume,
Vejo o luar e não mais me deslumbro...
É a natureza humana,
Me deixa absorta e introspecta,
E dentro de mim, não consigo ver razões...Mas na maioria das vezes eu só as vejo...
E não consigo ver saídas,
Mas na maioria das vezes elas estão bem alí, em minha frente...
Dói o peito represado de medos,
E eu estou só, como sempre estive só...
E os amores que dizem amar-me estão em outros braços,
Talvez melhores que os meus,
E nesta hora, mais uma vez, vislumbro a natureza humana...
E se sou pedra me afasto, me retraio do caminho alheio,
E vivo apenas em mim
E para os que verdadeiramente precisam de mim...
Mas se sou razão de viver para alguém,
Me entrego... e tudo de mim se vai.
Nada peço em troca, apenas, que pelo menos, caminhemos juntos...Que sonhemos juntos...
Minha alma ainda pulsa, cheia de vida,
De vontades, de ânsia de amar...
De ter alguém que me queira bem
E que me ame por toda vida e a cada retorno...
Enquanto isso, vivo os dissabores das desilusões,
Dos amores que brincam de me amar...
Mas, meus sonhos têm asas,
Eles estão sempre em busca da tão querida paz,
Eles fitam além da noite
E veêm o amanhecer pleno de luz...
E todas as minhas aflições são diminuidas nessa hora,
Pois um dia bendirei a tudo,
E toda dor, todo medo, serão inacessíveis,
Porque nesse dia serei coroada de estrelas...


(direitos autorais reservados)

APOGEU

(FIS)

Na volúpia desordenada das horas
Em que amamos lascivamente,
Na perfídia de tuas palavras
Me entrego calorosa e completamente.

Nas tardes de súplicas intermináveis,
Da busca do teu amor impetuosamente,
Meu corpo por um momento quase fala,
E nele eu vibro loucamente...

Depois, convertida em paz,
Meu corpo ainda invoca o teu
No furor, eu quero mais...

No mais que eu mais quero,
É finalmente encontrar o apogeu,
E dribladamente, novamente nosso amor se faz...


(direitos autorais reservados)

VIDA


Um homem não pode fazer o certo numa área da vida, enquanto está ocupado em fazer o errado em outra. A vida é um todo indivisível.

Mahatma Gandhi

terça-feira, 20 de outubro de 2009

VIVER


Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe.

Oscar Wilde

sábado, 17 de outubro de 2009

AMIGOS...


"Escolho meus amigos não pela pele, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito, nem os maus de hábitos, fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Quero que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só ombro, quero sua maior alegria, amigo que não ri junto não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, para que nunca tenham pressa. "

(Oscar Wilde)

ESPERANÇA


Os miseráveis não têm outro Remédio a não ser a esperança.

William Shakespeare

quinta-feira, 15 de outubro de 2009


Até que o sol não brilhe, acendamos uma vela na escuridão.