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quinta-feira, 12 de novembro de 2009


JURIDICANDO


(FIS)


Inconstitucionalmente eu te amo,
E tu consomes toda minha mente,
E só por teu nome eu chamo,
Embora eu chame ilicitamente.

Desconstituo-me por impossibilidade jurídica,
Mas sempre decretas minha volta,
E eu mesmo sabendo tua política,
Volto para essa envolta.

Quase sempre e sempre sem querer,
Impetro uma previsão legal,
Mesmo sabendo que se aproxima do fim,
Esse teu mandato excepcional.

Sei que o direito à liberdade de exercício é certo,
Ainda que não estejas regulamentado,
Mas o teu salvo conduto é incerto,
Por isso meu sigilo fica resguardado.

Me pedes infinitamente ampla defesa,
Para esse sermão tão repetitório,
E novamente eu fico presa,
E tampouco ouves o meu contraditório.

Logo, eu juridicamente expondo,
A prisão preventiva do meu coração,
Tu contraditoriamente supondo,
Não me dizes que sim nem que não.

(DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS)

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