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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014






NA ROÇA

(FIS)

O sol que chega junto ao amanhecer,
O cantar dos pássaros, do bem-te-vi,
O beijo dado que vem entumecer,
Eu quase não acredito, estou aqui!

O passar do dia, os sentidos abraços,
O carinho extremo a cada instante,
Nosso amor se formando um grande laço,
E de repente a noite surge como um rompante.

O curral ao longe e um olhar distante,
Meio distraída chego a me pegar,
Ponho todos os meus sentimentos em um montante,
De alegria chego a transbordar.

Às vezes, nós dois apenas aqui estamos,
Às vezes, tanta gente a nos rodear,
Infringindo a norma muitas vezes ficamos,
Por vezes chegamos a nos amar.

O passeio a cavalo em meio aos pinheiros,
Pinheiros que são tela de nosso cenário de amor,
O ato perfeito acompanhando os beijos,
De sentimentos profundos, de tanto torpor.

O sol se escondendo ao entardecer,
Atrás do morro tão longe e tão perto,
Tão longe assistimos o sol se recolher,
E tão perto querermos novamente o amanhecer.

Os lugares da roça, os momentos, os movimentos,
O amor, o idílio e o pertencer,
Faz brotar em mim tanto sentimento,
Que aqui definitivamente quero me prender.

E o desejo que cresce a cada ato,
Às vezes impossibilitados não sabemos o que fazer,
Nos pegamos em instantes trancados em nosso quarto,
Que é telespectador de tanto querer.

O olhar trocado em meio às risadas,
E as palavras que nem precisamos dizer,
Tanta coisa é dita, e tudo, e nada,
Nessa hora o que importa é apenas ser.

O momento final, o sono, os sonhos,
O céu estrelado, a noite, o luar,
O coqueiro na penumbra dos nossos planos,
O amor que é feito, o despertar.

E o céu de estrela se torna o teto,
O único teto desse momento,
O único, insubstituível, o tão imenso metro,
E mais uma vez são tantos sentimentos.

O cair da noite agora em teus braços,
Em teu peito desnudo eu fico tão feliz,
Dos teus braços a cada instante um abraço,
De que mais preciso na vida, me diz!
...
(DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS)